Amanheci com essa pergunta. E fui vasculhar a mente. Poderia citar algumas referências, como Michelle Obama, Beyoncé, Simone de Beauvoir, Chimananda Ngozi Adichie, mas posso olhar pra bem perto.
E vejo minha mãe. Com quem a cada dia aprendo tanto sobre mim. Porque no nosso convívio consigo entender muitas das minhas características, do meu jeito, do que herdei. E também consigo aprender o que posso mudar, o que posso não repetir, o que posso melhorar, com tanto que ela me ensina. Você me inspira Mãe.
Vejo minha psicóloga Marianne. Com quem divido tantas conversas, com quem o caminho do autoconhecimento tem sido trilhado, alguém que nutro uma admiração tão grande por desempenhar com maestria o seu ofício. Você me inspira.
Vejo minha professora de yoga Aline. Alguém com quem venho aprendendo sobre respirar, de verdade. Sobre curar o feminino, sobre saber e dizer o que eu quero. Sobre não julgar e o poder das palavras. Sobre gratidão. Você me inspira.
Vejo e escolho uma das minhas amigas para representar as demais: Guida Scarlath. Exemplo de determinação, compromisso, organização, e ao mesmo tempo, humildade, companheirismo, sororidade. Com quem compartilho o sentimento de não estar só no mundo. Você me inspira.
Escolhi quatro para falar, mas busco aprender com todas as mulheres. Principalmente a aceitar, compreender, acolher. A não entrar nesse fluxo de competir, de achar que a beleza das outras possa diminuir a minha, de querer que todas sigam um padrão.
E também a aceitar o tempo e o processo de todas. Essa desconstrução e construção de ser mulher e conviver com outras mulheres é diária. Também passo por isso todos os dias.
Que a cada dia possamos nos inspirar mais umas nas outras. Que possamos estar em paz com nosso feminino, dentro e fora de nós.
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