Em alguns momentos da vida você vai começar a entender o que é excesso e o que é essência. Ouvi esses dias na aula de yoga que é como se ao longo da vida a gente criasse camadas, muitas vezes para nos defender ou até mesmo para incorporar comportamentos que seriam os “certos”, nos comparando com outras pessoas.
E nessa de se comparar, de achar que você tem que ter a roupa igual a de fulano, falar igual ao sicrano porque assim você vai ter mais amigos ou ter que dizer sempre “eu sei” porque é “feio” dizer “eu não sei”, você vai esquecendo aos poucos da sua essência. De quem você é de verdade.
Entra na neura de achar que a vida é só trabalho, ter coisas e seguir um padrão ou um roteiro que alguém algum dia disse que era o certo a seguir. Até que chega uma hora que a vida te pega, te sacode, te desconfigura. Pode ser pela dor: você fica doente, tem uma crise, alguém morre. Pode ser amor: você se apaixona, descobre uma nova profissão, reencontra sua conexão com a espiritualidade.
As vezes é tudo ao mesmo tempo! (risos) Mas ela, a vida, te dá uma beliscada. Pra você lembrar que tá vivo. Que é humano. Que você sangra. Que você falha. Que você não é perfeito. E tudo bem! E graças a Deus. Graças a Deus a dádiva de estar vivo, isso é um milagre! Ser grato por ser privilegiado, ter casa, ter comida, ter saúde, olhe a sua volta!
Que bom que você erra e não é perfeito, olha quanto você aprendeu e ainda precisa aprender! A vida te belisca e te obriga a desmontar as camadas, uma por uma. Ela te faz caminhar (pra dentro).
No princípio dá muito medo, você já não lembra mais direito quem era, o que era seu de verdade. Mas aos poucos vai voltando. Você se permite tentar. Vai deixando os excessos. Não precisa ser 8 ou 80. Você pode se encontrar bem ali, no meio.
Como disse Mufasa para o Simba no rei leão: “Lembre-se de quem você é!” Já está tudo aí. Força! Estamos juntos.