“Respeite o seu processo”! Já ouviram essa frase? Eu já! Inúmeras vezes, inclusive. Daí sempre associava a palavra processo a um conjunto de fatores que se eu persistisse geraria algo saudável ou positivo, na pior das hipóteses, serviria de algum modo para ser mais maduro. Acho que ficou um pouco confuso, deixa eu tentar ser mais objetivo:
Sempre que você está diante de uma situação que foge do seu controle como um novo caso amoroso que lhe causa uma sensação de instabilidade ou, alguma dor oriunda de situações que você não está aceitando bem, de certa forma você está num processo.
No primeiro momento, é desestabilizador. Você não entende bem o que está acontecendo, muitas vezes é desconfortável, você se sente estranho, frágil. Tudo que quer é arrancar aquilo do peito e jogar pra longe. Quer que passe o mais rápido possível.
Mas com o tempo, você verifica que não adianta muito se colocar na posição de vítima, nem se render a dor a ponto de ser perder. O caminho mais fácil é aceitar, e fazer o que tem que ser feito: se quiser chorar tudo, chore; se quiser conversar com alguém, converse. Se precisar só silenciar, faça. Mas esteja lá, em estado de presença. Escute sua dor.
E quando você para pra ouvi-la, ela te fala tudo o que você precisa ver. O que você não estava digerindo, o que estava negligenciando, resistindo. O que você precisa mudar. O que você precisa aprender.
Nesse momento, então, compreendida essa etapa do processo, você renasce. Outro, mas também, incrivelmente, mais você mesmo. O que não te matou, te fortaleceu.
E assim, se foi mais um processo. Será o último? Com certeza não. Nossa vida é um processo constante. Mas com certeza, quanto com mais sabedoria, equilíbrio, paz interior você se desenvolver, mais meios você irá dispor para vivê-los. Coragem na sua jornada.
Texto em parceira com Paulo Victor Moreira (O Escritor)
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