Mesmo que pareça a maior dor do mundo, que meu coração tenha sido quebrado em pedacinhos: eu vou sobreviver.
Mesmo que eu não seja entendida, que eu seja julgada, cancelada, desprezada: eu vou sobreviver.
Mesmo que nada saia como o planejado, que a ideia seja uma furada, que minhas expectativas sejam frustradas: eu vou sobreviver.
Mesmo que tudo pareça perdido, que eu me sinta sozinha, desamparada, insegura: eu vou sobreviver.
Eu vou sobreviver porque já passei por isso tudo e sempre sobrevivi. Posso ter ido ao fundo do poço, posso ter sentido o buraco do coração vazio, mas tal como a fênix que se desfaz em cinzas e depois renasce: eu nasço novamente, eu me refaço, eu me reinvento, eu volto mais forte.
Então sempre que o medo vem e sussurra no meu ouvido: tem certeza que vai fazer isso? Quer mesmo correr esse risco? E se você for sofrer?
Paro um pouco, sento comigo mesma e sinto: se meu coração e minha intuição me dizem que aquela experiência é importante, eu aceito todas as hipóteses, o sim e o não, a alegria e a dor. E se a dor vier, eu já digo: eu vou sobreviver.
Eu vou sobreviver porque tenho com quem contar, eu não ando só. Eu tenho aldeia, eu tenho Pai e Mãe. Eu tenho uma rede de apoio. Eu tenho a mim mesma.
E sei que no fundo tudo isso não é sobreviver.
É (sobre) viver.
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