Com o tempo vai chegando umas pérolas de sabedoria interessantes. Sobre o amor, por exemplo. Isso que todo mundo fala, que todos querem, mas será que todo mundo mesmo pratica? Tem um conceito que talvez não seja tão novo, mas mais interessante do que o termo “amor próprio”. Se chama “auto amor”.

Acho que só é uma nova roupagem pra uma frase bem famosa, antigaaaa: “amar o próximo como a ti mesmo”. Veja, a ti mesmo. Primeiro, a ti mesmo. Auto amor é essa coisa da gente entender que a gente pode ocupar esse lugar de amor da vida da gente. E isso não é egoísmo, nem individualismo. Nem romantizar a solidão.

Lembra outro conceito: solitude. Aquela coisa de estar em casa, uma sexta a noite, abrir um vinho, pegar um livro, se aconchegar no sofá, e ficar ali, presente, com você mesmo, naquele seu momentinho. Aqueles momentos em que a gente se dá um aconchego, uma cuidada: acordar de manhã e se dar bom dia; quando a gente faz uma comida gostosa pra gente; coloca nosso corpo em movimento, numa caminhada. E todas as coisas de amor, carinho e atenção que a gente pode achar que pode fazer só pelos outros e não por nós mesmos.

A gente pode! A gente pode ser o amor da vida da gente. Mas aí você pensa: mas essa pessoa vai viver sozinha, que vida triste! E o mais engraçado acontece: você é tão amor da sua vida, que pessoas se aproximam, se encantam, você se encanta por elas. A convivência é leve, gostosa, agregadora.

Você sente seu amor transbordando e inundando tudo e todos ao redor. Você se interessa genuinamente pelas pessoas, você estabelece conexões verdadeiras, e você respeita os que ficam e os que vão. E aí algo muito interessante acontece: você sente que não precisa, mas você quer. Você quer se relacionar. Não é que você tenha, nem deva: você quer. A sutil diferença de um verbo. A sutil diferença do amor que é leve, simples, e que quero na vida. 

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