“O quanto de imperfeição você aguenta?”

Vi essa frase em um curso e nunca mais esqueci. Na hora, mentalmente respondi: “muito pouco”. E ao avançar na leitura vi que a autora comenta que quanto mais ligados a controle e perfeição, muito pouco fazemos e mais procrastinamos.

Por que se não pode ser perfeito é melhor nem fazer né? Melhor nem começar. E se eu não posso controlar, pior ainda. Não consigo me mover.

Quanto menos imperfeição eu aguento, mais me cobro e cobro os outros. Tudo o que vejo já consigo perceber o que está errado imediatamente. Já digo que não vai dar certo. Não tolero falhas, opiniões diferentes da minha, outras formas de fazer. Sou extremamente crítica comigo e com os outros… E descubro que a pessoa tóxica sou eu.

Me descubro tóxica porque desrespeito meu tempo, porque não aceito que os erros fazem parte do processo. Tóxica porque não respeito o tempo dos outros, que eles estão fazendo o que podem. Tóxica porque minhas cobranças adoecem meu corpo e adoecem os outros.

E é justamente a doença que infelizmente as vezes vem me dizer que a vida não é perfeita. E que eu preciso (e posso) parar. Descansar. Não fazer nada. Silenciar. Ouvir mais. Falar por último. Esperar. Confiar. Soltar.

E então tenho abraçado as imperfeições. Tenho tido “coragem pra ser imperfeita”. E justamente quando me aceitei assim, tenho encontrado a paz e a leveza.

Ai, ai vida… você é muito sábia.

Meu instagram: https://www.instagram.com/textosdamanuela/

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *