“O que vai acontecer já está acontecendo”. Li essa frase em algum lugar e desde então tem sido um mantra poderoso para sair do piloto automático. Muitas vezes nós já estamos vivendo nosso maior medo ou nosso pior cenário – e não estamos conscientes disso, abraçando com toda força uma âncora que só tem nos afundado cada vez mais.
Eu sempre experimento me perguntar: e se o pior acontecer, como será? Se o relacionamento acabar, se eu não tiver mais meu trabalho atual, se eu perder tudo? O que eu farei?
Logo após essas perguntas e o pânico inicial geralmente vêm: se o relacionamento já está ruim, alívio; se o trabalho não está funcionando, aceitação de um fim de um ciclo; se eu perder tudo, a certeza que eu sei recomeçar do zero (embora com mais experiência dessa vez).
Aceitar o pior cenário, acolher o que vem dessa pergunta e da visualização dessa realidade me tira de uma expressão popular que eu não gosto muito: “zona de conforto”.
Porque eu não consigo conceber conforto em uma situação ruim, que está me fazendo mal. Pra mim é mais zona de medo, apego e estagnação (embora eu tenha consciência da nossa capacidade enquanto humanos de se acostumar com o que é ruim).
Então, sim, o que vai acontecer já está acontecendo. Você já pode estar vivendo a realidade que tanto teme, que não quer, que te machuca. A questão é: eu terei coragem de cortar a corda que me prende a essa âncora antes que ela me afunde mais?
É por isso que eu gosto mais das perguntas certas do que das respostas prontas. Vamos a elas.
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