É muito fácil cair na tentação de querer dar conta de tudo. De ser a mulher maravilha, perfeita, que vai bem em todas as áreas da vida.
Eu já fui assim um bom tempo. Era caxias no trabalho, autoritária, não sabia delegar. Julgava as pessoas que não tinham o mesmo ritmo (louco) que o meu. Achava que o meu jeito de fazer as coisas era o certo e o melhor. Não ouvia as pessoas, não entendia as necessidades delas.
Tudo era eu, eu. Eu no centro. Eu carregando o mundo nas costas. Mas graças a Deus (obrigada de verdade, Deus), um dia o peso ficou insustentável, estava tudo ruindo, nada mais tinha lógica e sentido.
E então, eu parei de chorar, me lamentar e pedi ajuda. E ela veio na forma de espiritualidade, família, amigos, livros, terapia, autoconhecimento, yoga. Desde então a jornada tem sido profunda.
A gente quer ficar bem mas às vezes não quer assumir nossa responsabilidade pelas situações em que estamos. Tem coisas que são dolorosas em mexer, tem coisas que são sua zona de conforto.
Até que chega um dia em que você vai conseguir ver as coisas com mais leveza. Aí você percebe que as situações de hoje são até piores que as antes. Mas você já não é mais o mesmo.
Você não é mais arrastado pelas tempestades. Você só percebe, respira, as vezes dá uma surtada de leve de novo, respira, pede ajuda. Mas nada que não possa ser resolvido, nada que seja o fim do mundo.
A gente aprende a viver um dia de cada vez, aprende a valorizar nossa sanidade mental, vê é possível escolher como vai ser seu dia sim. Porque seu estado de espírito passa a depender só de você.
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