“O que você quer?” De todas as perguntas disparadoras que mais me marcam essa é uma das mais fortes. Ouvi a primeira vez nas aulas de yoga, escutei na terapia, li em várias livros, escutei em várias conversas. E confesso: ter clareza do que eu quero hoje em dia é tão vital quanto beber água.

Pensar sobre o que eu quero me tira do automático da vida. Por vezes seguimos em trabalhos, situações, amizades, amores por puro comodismo ou até mesmo encravados no desconforto, mas sem coragem de sair em busca do que queremos.

Às vezes nem sabemos o que queremos. E como diz o icônico gato pra Alice: “pra quem não saber pra onde ir, qualquer caminho serve”. Será que serve mesmo?

Será que ainda quero estar nesse trabalho que só de pensar em ir me dá ansiedade logo ao acordar?

Será que quero passar o resto da minha vida nesse emprego entediante?

Será que quero continuar reclamando do cansaço, da minha indisposição quando não faça nada pra movimentar meu corpo?

Será que mesmo sendo tão especial vou aceitar ser só um segredo?

Será que quero pegar geral mesmo ou estou só com medo de me comprometer com alguém?

Será que pra evitar encarar meu medo da solidão tenho que aceitar tudo que me oferecem?

A vida parece exigir de mim um balançado engraçado: diga o que você quer, mas abra espaços porque nem sempre tudo vai ser do jeito que você quer. No tempo que você quer. Da forma que você quer. Diga o que você quer, mas aceite a impermanência. Diga o que você quer e respeite o que o outro quer.

Mas sobretudo, se você não tem clareza do que quer, saiba o que você NÃO quer. Com certeza, isso já é meio caminho andado.

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